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Este link foi atualizado pela última vez em 01 de outubro de 2000 e revisado em 20 de julho de 2005.


Este texto deverá ser citado:

Afonso JS. E-book histeroscopia. In: http://www.histeroscopia.med.br/tecnica.htm. Acesso em:


TÉCNICA


José Sebastião Afonso


Diagnóstica:

Podemos realizar, tanto na primeira como na segunda fase do ciclo menstrual, tomando o cuidado de não surpreender uma gravidez. A primeira fase tem como vantagem um muco mais límpido e canal hipotônico. A segunda fase nos proporciona imagens mais estáveis e adequadas para o estudo, principalmente das alterações funcionais. Nenhuma preparação prévia é necessária quando não se pretende associar algum procedimento anestésico. Em posição ginecológica, com as nádegas um pouco além da mesa, é realizado o toque vaginal, inserção do espéculo, assepsia do colo e apreensão ou não deste com a pinça Pozzi. O exame é dividido em passagem do canal cervical, inventário da cavidade uterina (vista panorâmica e com detalhes no aumento de mais ou menos 20 vezes) e revisão cervical. O exame deverá ser sempre sob constante visualização. As pacientes menopausadas com estenose cervical podem se valer de um preparo prévio de estrogênio conjugado tópico por dez dias. A biopsia com a cureta de Novak é de grande ajuda em alguns casos.

Cirúrgica:

Sob anestesia, é realizada a dilatação do colo uterino com as velas de Hegar até o número 10. Então, é introduzido o ressectoscópio de 26 Fr, que permitirá a realização do procedimento em uma técnica semelhante à usada pela urologia. O conjunto completo é formado com o acoplamento do endoscópio de 4 mm (Hamou II), da fonte de luz, da microcâmera, do monitor de vídeo, do sistema de documentação, da unidade elétrica de alta freqüência, do irrigador e do aspirador. A potência elétrica poderá ser ajustada em uma combinação de corte a 100 watts e a coagulação, a 50 watts. Usamos como meio de distensão líquida a solução de sorbitol e manitol (185 mOsm/l) . O irrigador é colocado a 190,4 cm de altura em relação à paciente, proporcionando uma pressão hidrostática entre 76 mmHg e 140 mmHg (a densidade da água é de 1 g/ml e a do mercúrio, de 13,60 g/ml). 

Os principais cuidados a se tomar são os seguintes:

Anamnese e exame físico realizado pelo cirurgião.

Exames complementares básicos, como hemograma, coagulograma, colpocitologia, ultra-sonografia e específicos, conforme o caso.

Informação prévia e adequada para a paciente sobre expectativas, falhas e complicações potenciais.

Preparo prévio nos casos de ablação do endométrio e mioma de maior volume. Poderá ser feito com análogo de GnRH por oito semanas.

Programar a cirurgia para logo após a menstruação.

Respeitar todos os cuidados pré, intra e pós-operatórios como em qualquer outra cirurgia.

Sempre executar a ressecção sob visualização clara e constante.

Observar o balanço hídrico negativo a cada 5 minutos, tolerando no máximo 1000 ml.

Menor tempo cirúrgico possível, sendo uma boa média de 15 a 20 minutos.

Não ultrapassar 4 mm de profundidade do miométrio.

Não abusar da potência elétrica, principalmente da eletrocoagulação.

Não usar eletrocoagulação nos orifícios da tuba (devido à espessura menor do miométrio nesses pontos).

Nos casos de mioma em que há uma parte intramural importante e é falha a manobra manual externa de "luxá-lo", a cirurgia é realizada em dois tempos, com um intervalo de mais ou menos 8 semanas. A ultra-sonografia nos mostra, nesse intervalo, que a parte intramural se deslocou de forma espontânea para a cavidade uterina.

O corte será feito no sentido do fundo uterino para o canal cervical. A exceção se faz nos casos de septo e sinequia.

Na ressecção de septo e lise de sinequia é aconselhável usar, concomitantemente, o controle ultra-sonográfico, permitindo uma espessura residual do fundo uterino de mais ou menos 1 cm. O sangramento é geralmente visto quando se alcança o miométrio com a tesoura.

Sempre interromper o procedimento quando não encontrar todas as condições ótimas, respeitando as limitações técnicas do método, do instrumental usado, da paciente e da equipe cirúrgica.

Usar antibiótico profilático, como cefalosporina de primeira geração.

Limpeza do endoscópio antes da esterilização por Endo Russer Systems.

Para prevenir contaminações na secagem dos endoscópios, eles devem ser limpos, se possível, imediatamente após o uso. Toda superfície deve ser limpa com água morna e sabão neutro. Nunca arranhe as sujeiras com objetos duros.

Se as manchas continuarem, use uma mistura (1:1) de álcool metílico e acetona. Para limpar use um tecido fino de algodão. Seque com tecido macio de algodão.

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